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domingo, 10 de março de 2024

Você tem Vida Eterna?

A Bíblia apresenta um caminho claro para a vida eterna. Primeiramente, temos que reconhecer que temos pecado contra Deus: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). Todos nós temos feito coisas que desagradam a Deus, que nos fazem merecedores de castigo. Já que todos os nossos pecados, no final das contas, são contra o Deus eterno, somente um castigo eterno é suficiente. “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23).

 

Porém, Jesus Cristo, o santo (1 Pedro 2:22), eterno Filho de Deus, tornou-se homem (João 1:1,14) e morreu para pagar nossos pecados. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Jesus Cristo morreu na cruz (João 19:31-42), tomando sobre si o castigo que nós merecemos (2 Coríntios 5:21). Três dias depois ele ressuscitou dos mortos (1 Coríntios 15:1-4), provando Sua vitória sobre o pecado e a morte. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórida, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1:3).

Pela fé, temos que fugir do pecado e olhar para Cristo para salvação (Atos 3:19). Se colocarmos nossa fé nele, confiando na Sua morte na cruz para pagar nossos pecados, seremos perdoados e a nós é prometida vida eterna no céu. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16) “Se, com a tua boca, confessares a Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10:9). Fé absoluta no sacrifício de Cristo na cruz é o único caminho para a vida eterna! “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).

Se você quer aceitar Jesus Cristo como seu Salvador, aqui está uma simples oração que você pode usar. Lembre-se que dizer esta oração como qualquer outra não irá salvá-lo. Somente crendo em Cristo você pode ser salvo. Esta oração é uma simples maneira de expressar a Deus sua fé nele e agradecer a Ele por ter providenciado sua salvação. “Deus, Eu sei que tenho pecado contra Ti e mereço ser castigado. Mas Jesus Cristo tomou o castigo que eu mereço para que por minha fé nele eu possa ser perdoado. Eu abandono meu pecado e coloco minha confiança em Ti para minha salvação. Obrigado por Sua maravilhosa graça e perdão — o presente da vida eterna! Amém!”

Você tomou uma decisão por Cristo por causa do que você leu aqui? Se sim, por favor clique no botão "Aceitei Cristo Hoje" abaixo.

Quais são os atributos de Deus? Como é Deus?

A boa notícia, quando tentamos responder a esta pergunta, é que há muito que pode ser encontrado sobre Deus! Aqueles que examinarem esta explicação podem achar melhor ler o texto inteiramente; depois voltar e procurar pelas passagens Bíblicas selecionadas para elucidação. As referências às Escrituras são completamente necessárias, porque sem a autoridade da Bíblia, este monte de palavras não seria nem um pouco melhor do que a opinião dos homens, a qual por si só é quase sempre incorreta para entender Deus (Jó 42:7). Nem precisamos dizer o quanto é importante para nós tentarmos entender a natureza de Deus! Se não o fizermos, provavelmente vamos nos levantar, procurar e adorar falsos deuses contrários a Sua vontade (Êxodo 20:3-5).

Apenas o que o próprio Deus escolheu de Si mesmo para ser revelado pode ser conhecido. Um dos atributos ou qualidades de Deus é “luz”, o que significa que Ele próprio Se revela (Isaías 60:19, Tiago 1:17). A realidade de que Deus revelou conhecimento sobre Si próprio não deve ser negligenciada, a fim de que nenhum de nós perca a oportunidade de entrar em Seu descanso (Hebreus 4:1). A Criação, a Bíblia e o Verbo feito carne (Jesus Cristo) irão nos ajudar a entender como é Deus.

Vamos começar por entender que Deus é nosso Criador e que nós somos parte da Sua criação (Gênesis 1:1; Salmos 24:1). Deus disse que o homem é criado a Sua imagem. O homem está acima do resto da criação e recebeu domínio sobre ela (Gênesis 1:26-28). A criação se deteriorou pela 'queda', mas ainda assim nos dá um flash, uma rápida idéia da obra de Deus (Gênesis 3:17-18; Romanos 1:19-20). Considerando a vastidão, complexidade, beleza e ordem da criação, nós podemos ter uma idéia da grandiosidade e magnificência de Deus.

A leitura de alguns dos nomes de Deus pode nos ajudar em nossa busca por como é Deus. Eles são os seguintes:

Elohim – O Forte, divino (Gênesis 1:1)
Adonai – Senhor, indicando uma relação de Mestre para servo (Êxodo 4:10, 13)
El Elyon – O mais Alto, o mais Forte (Gênesis 14:20)
El Roi – o Forte que enxerga (Gênesis 16:13)
El Shaddai – Deus Todo-Poderoso (Gênesis 17:1)
El Olam – eterno Deus (Isaías 40:28)
Yahweh – SENHOR “Eu Sou”, significando o Deus eterno auto-existente (Êxodo 3:13,14).

Vamos agora continuar examinando mais dos atributos de Deus; Deus é eterno, o que significa que Ele não teve início e que a Sua existência jamais irá cessar. Ele é imortal, infinito (Deuteronômio 33:27; Salmos 90:2; 1 Timóteo 1:17). Deus é imutável, o que quer dizer que Ele não muda; isto significa que Ele é absolutamente confiável (Malaquias 3:6; Números 23:19; Salmos 102:26,27). Deus é incomparável, o que quer dizer que não há ninguém como Ele em obras ou ser; Ele é inigualável e perfeito (2 Samuel 7:22; Salmos 86:8; Isaías 40:25; Mateus 5:48). Deus é inescrutável, o que significa que Ele é imensurável, inencontrável, impossível de ser inteiramente entendido (Isaías 40:28; Salmos 145:3; Romanos 11:33,34).

Deus é justo, o que quer dizer que Ele não demonstra favoritismo por algumas pessoas (Deuteronômio 32:4; Salmos 18:30). Deus é onipotente, o que significa que Ele é todo-poderoso; Ele pode fazer qualquer coisa que Lhe agrada, mas as Suas ações estarão sempre de acordo com o resto de Seu caráter (Apocalipse 19:6; Jeremias 32:17, 27). Deus é onipresente, o que significa que Ele está sempre presente, em todos os lugares; isto não significa que Deus seja tudo (Salmos 139:7-13; Jeremias 23:23). Deus é onisciente, o que significa que Ele conhece o passado, o presente e futuro, até mesmo aquilo que nós estamos pensando em qualquer dado momento; como Ele sabe tudo, Sua justiça será sempre administrada de forma justa (Salmos 139:1-5; Provérbios 5:21).

Deus é um, o que significa não apenas que não haja outro, mas também que Ele é único em ser capaz de conhecer as mais profundas necessidades e anseios dos nossos corações, e somente Ele é digno da nossa adoração e devoção (Deuteronômio 6:4). Deus é reto, o que significa que Deus não pode e não irá ignorar o erro; é por causa da Sua retidão e justiça, para que nossos pecados fossem perdoados, que Jesus teve que experimentar o julgamento de Deus quando nossos pecados foram postos sobre Ele (Êxodo 9:27; Mateus 27:45,46; Romanos 3:21-26).

Deus é soberano, o que significa que Ele é supremo; toda a Sua criação posta junta, conhecedora ou não-conhecedora, não pode impedir os Seus propósitos (Salmos 93:1; 95:3; Jeremias 23: 20). Deus é espírito, o que significa que Ele é invisível (João 1:18; 4:24). Deus é uma Trindade, o que quer dizer que Ele é três em um, de mesma substância, com poderes e glória iguais. Note na primeira passagem da Escritura citada que o 'nome' é singular, apesar de se referir a três Pessoas distintas - “Pai, Filho e Espírito Santo” (Mateus 28:19; Marcos 1:9-11). Deus é verdade, o que significa que Ele está de acordo com tudo o que Ele é. Ele irá permanecer incorruptível e não pode mentir (Salmos 117:2; 1 Samuel 15:29).

Deus é santo, o que significa que Ele está separado de toda poluição moral e a ela é hostil. Deus vê tudo o que é mal, e o mal O deixa enfurecido; o fogo é usualmente mencionado nas Escrituras junto com a santidade. Refere-se a Deus como um fogo que consome (Isaías 6:3; Habacuque 1:13; Êxodo 3:2,4,5; Hebreus 12:29). Deus é gracioso – isto incluiria Sua bondade, benevolência, misericórdia e amor, que são palavras que apenas de longe descrevem Sua bondade. Se não fosse pela graça de Deus, teríamos a impressão de que todos os Seus outros atributos nos excluiriam Dele. Felizmente, este não é o caso, pois Ele deseja conhecer a cada um de nós pessoalmente (Êxodo 34:6; Salmos 31:19; 1 Pedro 1:3; João 3:16; João 17:3).

Esta foi apenas uma tentativa modesta de responder a uma pergunta tão grande quanto Deus. Por favor, sinta-se fortemente encorajado a continuar procurando por Ele (Jeremias 29:13).

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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Será que muitas práticas e tradições no cristianismo são realmente de origem pagã?

 

Em seu livro Cristianismo Pagão de 2008, os autores Frank Viola e George Barna apresentam as origens surpreendentes de muitas das práticas comumente encontradas nas igrejas hoje. Os autores do Cristianismo Pagão afirmam que muitas práticas/tradições comuns da igreja na verdade têm suas raízes no paganismo (religiões não-cristãs), não na Bíblia. No entanto, é correto afirmar que as práticas do cristianismo moderno são pagãs? O que normalmente ocorre em uma igreja é apoiado pelo que a Bíblia ensina sobre a igreja?

Muitos cristãos reconhecem que algumas ideias e práticas pagãs se infiltraram na igreja cristã. Infelizmente, muito do que Jesus Cristo aboliu por Sua morte e ressurreição, os primeiros cristãos restabeleceram. O sacrifício de Jesus cumpriu os requisitos de Deus, acabando com a necessidade de outros sacrifícios (Hebreus 7:27; 10:10; 1 Pedro 3:18). A igreja primitiva, devido a influências pagãs, distorceu a celebração da Ceia do Senhor em um re-sacrifício/re-oferta do sacrifício definitivo de Cristo. O sacrifício perfeito de Jesus aboliu a necessidade de um sacerdócio formal (Hebreus 10:12-14), criando um “reino de sacerdotes” (Apocalipse 1:6; 5:10). A igreja primitiva, novamente influenciada pelo paganismo, restabeleceu um sacerdócio que acrescentou uma barreira entre o crente “comum” e Deus (1 Timóteo 2:5; Hebreus 9:15). Estes são apenas dois dos muitos exemplos possíveis.

A maioria dos cristãos concorda sinceramente que crenças/práticas como essas precisam ser rejeitadas e a verdade bíblica mantida. A seguir estão as principais questões que o Cristianismo Pagão levanta.

(1) O Edifício da Igreja. O Novo Testamento registra os primeiros cristãos reunindo-se em lares (Atos 2:46; 5:42; Romanos 16:5; 1 Coríntios 16:19). Nem Jesus nem os Apóstolos encorajam os cristãos a construir templos/prédios de igrejas. Em João 4:21-24, Jesus declara que está chegando um tempo em que a adoração não será vinculada a nenhum local ou edifício em particular. Nos primeiros cem anos da fé cristã, os edifícios da igreja eram muito raros. Foi só quando Constantino e seus sucessores imperadores romanos fizeram do cristianismo a religião oficial do Império Romano que os cristãos começaram a construir templos. Em alguns casos, os cristãos, com a ajuda de soldados romanos, tomaram templos pagãos e os “cristianizaram” em igrejas.

Cristãos construindo prédios de igrejas resultaram em vários problemas. Primeiro, as pessoas começaram a pensar em um prédio de igreja como um “espaço sagrado”. Isso resultou em uma separação entre o que acontece dentro de um prédio e o que acontece fora dele. Entre alguns, o mal flagrante e a imoralidade eram tolerados fora da igreja, desde que o comportamento dentro dela fosse adequado. Segundo, algumas pessoas perderam a ideia da onipresença de Deus. O fato bíblico de que a comunhão com Deus poderia ocorrer em qualquer lugar foi perdido e substituído pela ideia de que um prédio de igreja e/ou o altar dentro desse prédio fosse o único lugar onde se podia se conectar com Deus. Terceiro, algumas pessoas perderam de vista o fato de que os crentes em Cristo são a igreja e, em vez disso, começaram a pensar na igreja como o edifício.

Mas será que a ideia de um edifício de igreja é pagã? Visto que a Bíblia não instrui os cristãos a construir igrejas, isso significa que é errado ter uma igreja? O fato de a Bíblia não ordenar algo não significa que a Bíblia se oponha a esse algo. A Bíblia não encoraja nem desencoraja a ideia de cristãos se reunindo em prédios especificamente projetados para a adoração corporativa. A questão de um edifício de igreja é uma em que é crucialmente importante reconhecer a diferença entre descrição e prescrição. O Novo Testamento descreve os primeiros cristãos reunindo-se em lares. O Novo Testamento não prescreve que os cristãos devam se reunir apenas em casas. Um edifício de igreja no qual a verdade bíblica sobre a igreja é declarada não é antibíblica em nenhum sentido. O edifício não é o que é antibíblico. São as crenças que muitas vezes estão ligadas ao edifício que não são bíblicas.

(2) A estrutura da igreja. Em muitas igrejas hoje, há uma estrutura específica de como um culto deve ser realizado. A estrutura muda um pouco de igreja para igreja, mas os itens principais permanecem os mesmos: anúncios, adoração corporativa, reunião e saudação, oração, sermão, uma música de encerramento. Em algumas igrejas, a ordem do culto é absolutamente inflexível. Em outras, há alguma flexibilidade. Seja qual for o caso, a ideia de uma reunião da igreja com uma estrutura tão rígida não é apresentada no Novo Testamento. Quando uma igreja tem uma estrutura muito rígida, isso pode sufocar, em vez de promover, a verdadeira adoração e comunhão.

1 Coríntios 14:40 ensina: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.” Ordem e estrutura não são antibíblicas. Rigidez e legalismo são antibíblicos. Embora uma igreja deva garantir que seus cultos sejam razoavelmente organizados, é antibíblico que um culto seja tão estruturado ao ponto de impedir qualquer participação, liberdade ou mover do Espírito.

(3) Liderança da Igreja. A Bíblia inegavelmente ensina que a igreja deve ter uma liderança piedosa (1 Timóteo 3:1-13; 5:17-20; Tito 1:6-9; 1 Pedro 5:1-4). Infelizmente, a igreja primitiva adotou o conceito de liderança da igreja e, devido às influências pagãs, moldou-o em um sacerdócio. Enquanto a maioria das igrejas protestantes e evangélicas não se refiram à sua liderança como sacerdotes, em alguns casos, o pastor/pregador desempenha o mesmo papel que um sacerdote. Espera-se que os pastores façam todo, ou quase todo, o trabalho do ministério. Em algumas igrejas, a reintrodução da ideia de um sacerdote no cristianismo resultou na perda da identidade bíblica de todos os crentes como santos, ministros e sacerdotes. Na liderança da igreja, o resultado pode ser pastores esgotados ou excessivamente autoritários. O resultado na congregação pode ser passividade e inatividade.

A ideia de que um cristão possa cantar algumas canções sem entusiasmo, apertar algumas mãos com indiferença, ouvir um sermão sem atenção e relutantemente dar uma oferta – e assim cumprir seu papel na igreja – é completamente antibíblica. A igreja deve ser um lugar de comunhão saudável, participação ativa e edificação mútua. 1 Coríntios capítulo 12 compara a igreja a um corpo humano. Todas as partes do corpo devem estar funcionando para que o corpo faça o que se destina a fazer.

(4) O sermão. A Bíblia declara claramente que a Palavra de Deus deve ser ensinada (1 Timóteo 4:11; 2 Timóteo 4:2). Há inegavelmente um lugar para um homem piedoso ensinar outros crentes em um formato sermônico/oratório. Um problema é que muitas igrejas caem na armadilha de um homem ser o único mestre. Outro problema é quando as igrejas, intencionalmente ou não, transmitem a ideia de que ouvir passivamente um sermão é tudo o que Deus espera. Em 2 Timóteo 2:2, Paulo encoraja Timóteo a confiar o ensino a outros que são dotados pelo Espírito Santo para ensinar. A presença de um sermão não participativo não é o problema. A falta de oportunidades para outros ensinarem e/ou a falta de vontade de ensinar pode ser um problema. Um dos objetivos da igreja é fazer discípulos, não aquecedores de bancos. Muitas igrejas poderiam fazer um trabalho muito melhor em reconhecer o dom de ensinar nos outros e treiná-los e incentivá-los a usar esse dom. Ao mesmo tempo, ninguém deve buscar o cargo de mestre a menos que realmente tenha sido dotado pelo Espírito Santo, fato que pode ser verificado por testemunhas da presença desse dom. De fato, Tiago 3:1 nos adverte: “Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo.”

É inegável que ideias e práticas pagãs se infiltraram na igreja cristã. Em graus variados, toda igreja tem práticas que não são completamente baseadas nas Escrituras, seja na prática em si ou na compreensão da prática. No entanto, novamente, isso não significa que essas práticas sejam pagãs ou erradas. As igrejas fariam bem em reavaliar continuamente seus métodos e motivações, a fim de garantir que estão sendo biblicamente sólidos. Embora nenhuma prática da igreja deva contradizer as Escrituras, uma prática não precisa ser explicitamente bíblica para ser uma escolha viável. Nem uma prática não ensinada na Bíblia a torna pagã. Uma prática de origem pagã não a torna necessariamente antibíblica. A chave para evitar o “cristianismo pagão” é comparar cada crença e prática com as Escrituras e remover qualquer coisa que contradiga o que a Bíblia prescreve para a igreja. Para aquelas questões sobre as quais a Bíblia é silenciosa, a liderança da igreja deve considerar em oração se deve ou não dar a elas continuidade.

Quem é Jesus Cristo?

 

Quem é Jesus Cristo? Diferentemente da pergunta “Deus existe?”, bem poucas pessoas perguntam se Jesus Cristo existiu ou não. Geralmente se aceita que Jesus foi de fato um homem que andou na terra, em Israel, há quase 2000 anos. O debate começa quando se analisa o assunto da completa identidade de Jesus. Quase todas as grandes religiões ensinam que Jesus foi um profeta, um bom mestre ou um homem piedoso. O problema é que a Bíblia nos diz que Jesus foi infinitamente mais do que um profeta, bom mestre ou homem piedoso.

C.S. Lewis, em seu livro Mero Cristianismo, escreve o seguinte: “Tento aqui impedir que alguém diga a grande tolice que sempre dizem sobre Ele [Jesus Cristo]: ‘Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre em moral, mas não aceito sua afirmação em ser Deus.’ Isto é exatamente a única coisa que não devemos dizer. Um homem que foi simplesmente homem, dizendo o tipo de coisa que Jesus disse, não seria um grande mestre em moral. Poderia ser um lunático, no mesmo nível de um que afirma ser um ovo pochê, ou mais, poderia ser o próprio Demônio dos Infernos. Você decide. Ou este homem foi, e é, o Filho de Deus, ou é então um louco, ou coisa pior... Você pode achar que ele é tolo, pode cuspir nele ou matá-lo como um demônio; ou você pode cair a seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não vamos vir com aquela bobagem de que ele foi um grande mestre aqui na terra. Ele não nos deixou esta opção em aberto. Ele não teve esta intenção.”

Então, quem Jesus afirmou ser? Segundo a Bíblia, quem foi? Primeiramente, vamos examinar as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro momento, pode não parecer uma afirmação em ser Deus. Entretanto, veja a reação dos judeus perante Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam o que Jesus havia dito como uma afirmação em ser Deus. Nos versículos seguintes, Jesus jamais corrige os judeus dizendo: “Não afirmei ser Deus”. Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: "Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Outro exemplo é João 8:58, onde Jesus declarou: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras para atirar em Jesus (João 8:59). Ao anunciar Sua identidade como “Eu sou”, Jesus fez uma aplicação direta do nome de Deus no Velho Testamento (Êxodo 3:14). Por que os judeus, mais uma vez, se levantariam para apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que creram ser uma blasfêmia, ou seja, uma auto-afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus”. João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne”. Isto mostra claramente que Jesus é Deus em carne. Tomé, o discípulo, declarou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu! (João 20:28). Jesus não o corrige. O Apóstolo Paulo O descreve como: “...grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13). O Apóstolo Pedro diz o mesmo: “...nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1:1). Deus o Pai também é testemunha da completa identidade de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:8). No Velho Testamento, as profecias a respeito de Cristo anunciam sua divindade: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

Então, como argumentou C.S. Lewis, crer que Jesus foi um bom mestre não é opção. Jesus claramente e inegavelmente se auto-afirma Deus. Se Ele não é Deus, então mente, conseqüentemente não sendo também profeta, bom mestre ou homem piedoso. Tentando explicar as palavras de Jesus, “estudiosos” modernos afirmam que o “Jesus verdadeiramente histórico” não disse muitas das coisas a Ele atribuídas pela Bíblia. Quem somos nós para mergulharmos em discussões com a Palavra de Deus no tocante ao que Jesus disse ou não disse? Como pode um “estudioso” que está 2000 anos afastado de Jesus ter a percepção do que Jesus disse ou não, melhor do que aqueles que com o próprio Jesus viveram, serviram e aprenderam (João 14:26)?

Por que se faz tão importante a questão sobre a identidade verdadeira de Jesus? Por que importa se Jesus é ou não Deus? O motivo mais importante para que Jesus seja Deus é que se Ele não é Deus, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar tamanho preço (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21). Jesus tinha que ser Deus para que pudesse pagar nossa dívida. Jesus tinha que ser homem para que pudesse morrer. A Salvação está disponível somente através da fé em Jesus Cristo! A natureza divina de Jesus é o motivo pelo qual Ele é o único caminho para salvação. A divindade de Jesus é o porquê de ter proclamado: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Qual a importância do véu do templo ter sido partido em dois quando Jesus morreu?

Durante a vida de Jesus, o Santo Templo em Jerusalém era o centro da vida religiosa dos judeus. Era aqui onde os sacrifícios de animais eram executados e onde a adoração de acordo com a Lei de Moisés era seguida fielmente. Hebreus 9:1-9 nos diz que no Templo um véu separava o Santo dos Santos – a habitação terrena da presença de Deus- do resto do Templo onde os homens habitavam. Isso significava que o homem era separado de Deus pelo pecado (Isaías 59:1-2). Apenas o Sumo Sacerdote tinha a permissão de passar pelo véu uma vez por ano (Êxodo 30:10; Hebreus 9:7), de entrar na presença de Deus representando Israel e de fazer expiação pelos seus pecados (Levítico 16).

O Templo de Salomão tinha 30 côvados de altura (1 Reis 6:2), mas Herodes tinha aumentado sua altura para 40 côvados de acordo com as escritas de Josefo, um historiador do primeiro século. Não temos certeza a que um côvado se compara em metros e centímetros, mas podemos supor que esse véu tinha mais ou menos 18 metros de altura. Josefo também nos diz que o véu tinha 12 cm de grossura, e que cavalos puxando o véu dos dois lados não podiam parti-lo. A narrativa no livro de Êxodo nos ensina que esse grosso véu era feito de material azul, roxo e escarlate e de linho fino torcido.

O tamanho e grossura do véu deram muito mais importância aos eventos que aconteceram no exato momento da morte de Cristo na cruz. “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mateus 27:50-51a).

O que podemos aprender disso tudo? Qual a significância do véu partido para nós nos dias de hoje? Acima de tudo, o rasgar do véu no momento da morte de Jesus dramaticamente simboliza que Seu sacrifício e o derramamento do seu próprio sangue serviram como uma expiação suficiente pelos pecados para sempre. Significa que o caminho para o Santo dos Santos estava aberto para todas as pessoas, em todos os tempos, tanto aos judeus quanto aos gentios.

Quando Jesus morreu, o véu rasgou e Deus saiu daquele lugar para nunca mais habitar em um Templo feito por mãos humanas (Atos 17:24). Deus deu um fim ao Templo e seu sistema religioso e de adoração. O Templo e Jerusalém ficaram “desolados” (destruído pelos Romanos) em 70 D.C, assim como Jesus tinha profetizado em Lucas 13:35. Enquanto o Templo continuasse a existir, isso significava a continuação da Antiga Aliança. Hebreus 9:8-9 se refere à Aliança que estava passando e à Nova Aliança que estava sendo estabelecida (Hebreus 8:13).

De uma certa forma, o véu era um símbolo de Cristo como sendo o único caminho ao Pai (João 14:6). Isso é simbolizado pelo fato de que o Sumo Sacerdote tinha que entrar no Santo dos Santos através do véu. Agora Cristo é o nosso superior Sumo Sacerdote, e quando acreditamos no Seu trabalho completo, passamos a compartilhar do Seu sacerdócio. Podemos então entrar no Santo dos Santos através dEle. Hebreus 10:19-20 diz que os fiéis entram no santuário através do “sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne”. Vemos aqui a imagem da carne de Jesus sendo rasgada a nosso favor no momento em que Ele partia o véu por nós.

O véu sendo rasgado de cima para baixo é um fato histórico. O significado profundo desse evento é explicado em grande detalhe em Hebreus. Essas coisas eram uma sombra das coisas por vir, e todas apontam para Jesus. Ele era o véu do Santo dos Santos e, através de Sua morte, os crentes têm acesso direto a Deus.

O véu do Tabernáculo era um lembrete constante de que o pecado nos torna ineptos para entrar na presença de Deus. O fato de que a oferenda de pecado era oferecida anualmente e inúmeros outros sacrifícios eram repetidos diariamente serviam para nos mostrar graficamente que sacrifícios de animais não podiam permanentemente expiar o pecado. Jesus Cristo, através de sua morte, removeu as barreiras entre Deus e o homem. Por isso podemos agora nos aproximar dEle com confiança e audácia (Hebreus 4:14-16).

English

O que significa que Jesus é o nosso Sumo Sacerdote?

 

O título de Sumo Sacerdote é apenas um de muitos aplicados a Jesus: Messias, Salvador, Filho de Deus, Filho do Homem, amigo dos pecadores, etc. Cada um aborda um aspecto particular de quem Ele é e o que isso significa para nós. No livro de Hebreus, Jesus é chamado de Sumo Sacerdote (Hebreus 2:17, 4:14). A palavra "sacerdote" tem dois significados principais. Em primeiro lugar, significa aquele que medeia nos serviços religiosos. Em segundo lugar, significa aquele que é santo ou separado para realizar esses serviços.

O primeiro lugar onde encontramos essa palavra usada na Bíblia é em Gênesis 14. Abraão, o amigo de Deus, entrou em luta para resgatar o seu sobrinho Ló, o qual havia sido capturado pelo exército de Elão. Em seu retorno, Abraão foi recebido por Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. Este homem, cujo nome significa "o rei da justiça", abençoou Abraão e o Deus Altíssimo que dera a vitória a Abraão. Em retorno por esta bênção, Abraão deu um dízimo (10 por cento) de todos os despojos da guerra a Melquisedeque. Por este ato, Abraão mostrou que reconhecia a alta posição de Melquisedeque como sacerdote de Deus.

Anos mais tarde, o bisneto de Abraão, Levi, foi escolhido por Deus para ser o pai da tribo sacerdotal. Quando a Lei foi dada no Monte Sinai, os levitas foram identificados como os servos do Tabernáculo, com a família de Arão tornando-se sacerdotes. Os sacerdotes eram responsáveis de interceder a Deus pelo povo ao oferecer os muitos sacrifícios que a Lei requeria. Entre os sacerdotes, um era selecionado como o Sumo Sacerdote, o qual entrava no Santo dos Santos uma vez por ano no Dia da Expiação para colocar o sangue do sacrifício sobre a Arca da Aliança (Hebreus 9:7). Através desses sacrifícios diários e anuais, os pecados do povo eram temporariamente cobertos até o Messias removê-los de uma vez por todas.

Quando Jesus é chamado do nosso Sumo Sacerdote, é com referência a estes dois sacerdócios anteriores. Como Melquisedeque, Ele foi ordenado sacerdote além da Lei dada no Monte Sinai (Hebreus 5:6). Assim como os sacerdotes levíticos, Jesus ofereceu um sacrifício para satisfazer a Lei de Deus ao oferecer a Si mesmo por nossos pecados (Hebreus 7:26-27). Ao contrário dos sacerdotes levitas, os quais tinham que continuamente oferecer sacrifícios, Jesus só teve que oferecer o Seu sacrifício uma vez, ganhando a redenção eterna por todos os que se aproximam de Deus através dEle (Hebreus 9:12).

Um outro ponto importante sobre o sacerdócio de Jesus é que todo sacerdote é nomeado de entre os homens. Jesus, sendo Deus desde a eternidade, tornou-se homem para sofrer a morte e servir como o nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 2:9). Como homem, Ele estava sujeito a todas as fraquezas e tentações às quais também somos a fim de poder pessoalmente Se relacionar conosco em nossas dificuldades (Hebreus 4:15). Jesus é maior do que qualquer outro sacerdote, por isso é chamado do nosso "Grande Sumo Sacerdote" em Hebreus 4:14, o que nos dá a coragem de vir ao "trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade" (Hebreus 4:16).

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